SERES VIVOS EM INTERAÇÃO: COMUNIDADES E POPULAÇÕE

RELAÇÕES ENTRE SERES VIVOS

        

      As relações - interações ou associações – entre indivíduos da mesma espécie são intraespecíficas; as que existem entre indivíduos de espécies diferentes são interespecíficas.        Relações desarmônicas ( ou negativas ) são as que representam prejuízo para, pelos menos, um dos participantes; relações harmônicas ( ou positivas ) são aquelas em que há benefícios para um ou ambos os participantes.

Termo coevolução

            O termo coevolução designa um ajustamento evolutivo entre duas ou mais espécies, em que membros de uma favorecem a sobrevivência ou a reprodução de membros de outra espécie. A ideia de coevolução é usada no campo da biologia para denominar a adaptação mútua de duas ou mais espécies de organismos vivos no contexto dos seus processos evolutivos. Esta adaptação surge a partir da influência recíproca que as espécies exercem entre si através do parasitismo, da simbiose, do vínculo  predador-presa e de outras interações.

         A coevolução supõe que as modificações registradas numa espécie como parte da sua evolução provocam uma pressão na seleção natural de outras espécies. Em simultâneo, estas espécies iniciam a sua adaptação a essas alterações e influem na evolução da primeira espécie. Nestes casos, fala-se de coevolução interespecífica.

          Há biólogos que também postulam a existência da coevolução intraespecífica, que alude às alterações recíprocas que ocorrem em organismos que pertencem à mesma espécie. Estas modificações ocorrem em aparelhos e sistemas no âmbito evolutivo da espécie em questão.         É importante ter em conta que a coevolução está vinculada a fatores bióticos, e não a fatores abióticos. A influência do clima no processo de evolução, por exemplo, não é considerada como uma coevolução entre uma espécie viva e as condições climatéricas.         Podemos encontrar casos de coevolução entre distintas plantas e insetos. Há plantas que produzem toxinas para evitar os ataques de insetos; no entanto, algumas espécies animais conseguem ultrapassar esse mecanismo defensivo, conseguindo com a sua evolução que as toxinas não as afetam. A planta, desta forma, começa a elaborar outro tipo de toxinas.        

Fonte do texto :  http://conceito.de/coevolucao

      A dinâmica coevolutiva entre machos e fêmeas pode abarcar a coevolução entre planta e polinizador, como é o caso do mimetismo sexual e a pseudocópula que ocorre na polinização das orquídeas do gênero Ophrys ( figura 1). Conhecido como mimetismo pouyanniano ou sexual ocorre quando uma flor de orquídea apresenta a forma, coloração (Spaethe, Moser & Paulus, 2007) e cheiro de acasalamento (Ayasse, Schiestl, Paulus, 2003) da fêmea de alguma espécie de abelhas ( figura 2) na maioria dos casos, e na minoria, de vespas ou besouros todos espécie-específica. Isso faz com que o macho da respectiva espécie seja atraído à flor para copular, o que acaba por dispersar as políneas para outros estigmas concluindo a polinização.

( Figura 2 ).                                                     ( Figura 1)

                                       

                                   

Fonte do texto e das imagens : http://scienceblogs.com.br/marcoevolutivo/2008/12/07/coevolucao-e-selecao-sexual-no-caso-da-vespa-tarada/

Relações desarmônicas

      Competição: É a disputa pelos mesmos recursos ambientais ( como água, alimentos, espaços e luz )    Entre indivíduos da mesma espécie ( competições intraespecíficas ) ou espécie diferentes ( competições interespecíficas ). A competição ocorre quando os indivíduos têm nichos ecológicos semelhantes (  competição interespecífica ) ou idênticos ( competição intraespecífica ). Enquanto dura a competição, ocorre gastos excessivo de energia e menos quantidade de recursos fica disponível para cada um dos competidores. Ao longo do tempo, a espécie mais bem adaptada deverá gerar mais indivíduos, e a outra, menos adaptada, produzirá menos indivíduos e poderá ser eliminada.

   

 ( Figura 1 )

Figura 1 - Leões e hienas disputando uma presa já abatida.

Fonte da imagem : https://www.1zoom.ru/%D0%96%D0%B8%D0%B2%D0%BE%D1%82%D0%BD%D1%8B%D0%B5/%D0%BE%D0%B1%D0%BE%D0%B8/442066/z4994.3/

Predação : É a associação em que um indivíduos de uma espécie  ( predador) mata um indivíduo de outra ( presa ), que lhe serve de alimento.

       
      ( Figura 2 ).

Figura 2 - Tubarão-branco caçando foca .

Fonte da imagem : http://www.portalsaofrancisco.com.br/biologia/predatismo

  

Canibalismo: É a predação intraespecífica, um indivíduo mata o outro da mesma espécie para se alimentar.    Ocorre, por exemplo, entre aranhas, escorpiões e louva-a-deus.

 ( Figura 3 ).     

Figura 3- Aranha viúva-negra mata o macho após o acasalamento.

Fonte da imagem:  https://netnature.wordpress.com/2012/05/17/best-case-scenario-two-chances-to-mate-com-resenha/

  

Parasitismo: Trata-se de uma interação em que um indivíduo de uma espécie ( parasita ) vive à custa do alimento retirado do corpo de um indivíduo de outra espécie ( hospedeira ). O parasita prejudica, mas geralmente não causa a morte imediata do hospedeiro, mantendo assim sua fonte de alimento e abrigo. Os ectoparasitas – como carrapatos, piolhos e pulgas – como carrapatos, piolhos e pulgas – instalam-se na superfície do corpo do hospedeiro; os endoparasitas –

( Figura 4 ) – como vermes intestinais – vivem dentro do corpo do hospedeiro.

    

Figura 4 - Filo Plathyhelminthes, a Schistosoma mansoni. Essa doença também é conhecida como barriga d’água.

Fonte da imagem e texto :  http://www.qieducacao.com/2013/04/doencas-causadas-por-platelmintos.html

      Os pulgões são parasitas de plantas, das quais retiram a seiva rica em matéria orgânica, que lhes serve de alimentos. O cipó-chumbo ( figura 5 ) parasita outras plantas: ele é aclorofilado e, portanto, não realiza a fotossíntese; suas raízes penetram na planta parasitada e sugam a seiva rica em matéria orgânica. Outras plantas parasitas, como ervas-do-passarinho, não retiram a seiva rica em material orgânico, mas a seiva que contém apenas água e sais minerais.

(Figura 5)  

           

 









Fonte da imagem : http://herbologiamistica.blogspot.com.br/2010/07/cipo-chumbo.html


Referências :

http://conceito.de/coevolucao

http://scienceblogs.com.br/marcoevolutivo/2008/12/07/coevolucao-e-selecao-sexual-no-caso-da-vespa-tarada/

https://www.1zoom.ru/%D0%96%D0%B8%D0%B2%D0%BE%D1%82%D0%BD%D1%8B%D0%B5/%D0%BE%D0%B1%D0%BE%D0%B8/442066/z4994.3/

http://www.portalsaofrancisco.com.br/biologia/predatismo

https://netnature.wordpress.com/2012/05/17/best-case-scenario-two-chances-to-mate-com-resenha/

http://www.qieducacao.com/2013/04/doencas-causadas-por-platelmintos.html

http://herbologiamistica.blogspot.com.br/2010/07/cipo-chumbo.html

ARNALDO FAVARETTO, José; MERCADANTE, Clarinda. Biologia. 1 ed. São Paulo, 2005.